Cachoeiras da Mata Sul são alternativa às praias em Pernambuco.
Clica na figura
As praias ao longo dos 187 quilômetros do litoral pernambucano já são bastante frequentadas por turistas, mas,
longe da costa, há uma maneira menos conhecida de refrescar o corpo em mergulhos durante o ano todo: as cachoeiras. Municípios
da Mata Sul reúnem algumas das melhores delas, e o fato de o roteiro ser pouco divulgado faz com que o local fique mais vazio,
e a visita seja quase desbravadora. As trilhas sem sinalização, pontos de apoio e informações podem até dificultar o passeio,
mas o G1 arregaçou as mangas e foi conferir tudo, para facilitar a visita dos turistas.
(O G1 faz uma série de reportagens sobre turismo em todos os estados
onde está presente. A primeira semana da série foi no estado de São Paulo, a segunda foi no estado do Rio de Janeiro e a terceira
em Pernambuco. Se você tiver dicas de destinos no estado, com descrição e fotos, envie ao VC no G1.)
Para começar a fuga das praias, o potencial hídrico de São Benedito do Sul está representado
em 20 cachoeiras distribuídas em pequenas reservas de mata atlântica, que dividem espaço com canaviais e pastos. Atualmente,
apenas quatro estão abertas ao público. O circuito começa pela Cachoeira do Poço do Caboclo, no Engenho Paraíso, a oito quilômetros
do centro, seguindo pela PE-126. A entrada é liberada. A água é cristalina, compondo um lindo visual entre pedras, piscinas
naturais e muito verde.
Três quilômetros adiante, o visitante chega à Cachoeira de Peri-Peri,
no engenho de mesmo nome. A entrada de veículos é proibida, mas a caminhada é de apenas 500 metros. O paredão de 27 metros
de altura é muito procurado para a prática de rapel. Percorrendo mais nove quilômetros, o turista está na Cachoeira do Poço
do Soldado, a maior riqueza de um humilde povoado que vive nas proximidades. Quando a trilha está aberta, é possível também
aproveitar a Cachoeira da Laje. A outra opção é a Cachoeira Véu da Noiva, que está dentro do Parque Paraíso do Sul. O bilhete
de entrada custa entre R$5 e 10.
Primavera, cidade de quase 14 mil habitantes, ainda se recupera das enchentes de 2010 e 2011, quando o nível
do Rio Ipojuca subiu e destruiu tudo que estava às margens dele. A região tem três famosas cachoeiras, todas muito próximas.
Pode-se chegar a elas de carro ou a pé, por uma estrada de terra em meio ao canavial. O passeio começa pelo Parque Ecoturístico
da Cachoeira do Urubu, distante três quilômetros do centro de Primavera.
Cachoeira do Convento, em Primavera, tem pelo menos três quedas d'água (Foto: Luna Markman/G1)
A queda d'água tem 77 metros, mas o banho no local não é recomendado. Por isso, há piscinas de água natural
no Parque, além de restaurantes, área para piquenique e camping. O rapel e a canoagem são liberados. Em dias úteis, a entrada
custa R$ 6; nos finais de semana e feriados, R$ 8 a 10. De lá, a visita segue para a Cachoeira do Convento, com pelo menos
três quedas de até 18 metros de altura e com serviço disponível no Restaurante do Moquém. Por último, a Cachoeira da Pedra
Branca, com água vindo direto da nascente. O acesso a essas duas cachoeiras é livre.
Mais no Agreste Não é só a Mata Sul que oferece cachoeiras como diversão.
Em Gravatá, no Agreste, esse tipo de turismo também está disponível. Pela Serra das Russas, o visitante chega à cidade, que
tem clima tropical de altitude agradável, mas, nos dias de calor, pode se refugiar nas cachoeiras do Tio e da Palmeira. Ambas
estão abertas à visitação diariamente e é preciso pagar taxa de preservação.
A Cachoeira do Tio
fica a 19 quilômetros do centro de Gravatá, na Zona Rural do município. A estrada de acesso é sinalizada, porém não há pavimento.
A queda d’ água tem, aproximadamente, 27 metros de altura dividida em dois estágios, no curso do Riacho Uruçu-Mirim.
O local é utilizado para a prática do cascading (exploração progressiva).
Já a Cachoeira da Palmeira,
tem uma queda d’ água escalonada com cerca de 23 metros de altura. Dá para tomar banho nas piscinas formadas pelo Riacho
Uruçu-Mirim. O Sítio Palmeira possui também banheiros e área de apoio, além da prática do turismo rural com a colheita de
hortifrutis de época, em locais cultiváveis.
Também no Agreste, por estradas e trilhas, visitantes
chegam a rios, nascentes, barragens, riachos e cachoeiras de tamanhos e intensidades variadas situadas no município de Bonito.
O circuito de visitação realizado pelos guias da região inclui sete cachoeiras, todas muito próximas, começando pelo Véu da
Noiva 1 e Pedra Redonda, onde é possível tomar banho dentro de uma gruta. O passeio segue pela Cachoeira do Engenho Barra
Azul, com uma queda do Rio Verdinho, com 15 metros de altura, e piscinas naturais.
Depois, o
turista continua pela Cachoeira do Paraíso Mágico (parte do Bonito Ecoparque), da Corrente e Véu da Noiva 2. O acesso aos
locais é por estrada asfaltada e de terra. A primeira parada fica a 12 quilômetros do centro da cidade. Para entrar nas cachoeiras,
é preciso pagar uma taxa de preservação, que varia de R$ 2 a 10. Bonito oferece boa estrutura de pousadas e hotéis-fazenda,
assim como áreas de camping, com diárias a partir de R$ 30. Se for viajar no fim de semana, é bom fazer reservar. Os preços
das diárias também aumentam.